Celebro a vida quando acordo de manhã
Agradecida por esta dádiva de Deus
Doce ventura, fascinante sinfonia
Que explode em sons do dia que amanheceu
Celebro a vida quando o Sol da primavera
Derrama os raios nos campos cheios de flores
Num belo dia de sol depois da enxurrada
Restituindo ao mundo todas as cores
Celebro a vida sempre que ergo os meus olhos
Pra ver o céu todo de estrelas pontilhado
Com sua lua redonda a olhar pra mim
Me derramando um luar claro e prateado
Celebro a vida quando vejo no regato
Um fio d’água escorrer da rocha nua
Regando os campos fazendo a relva brotar
Numa tarefa campestre que é toda sua
Celebro a vida ao ouvir o uivo do vento
Que assovia nas árvores todas as noites
Brinca no céu com os farrapos de nuvens
Deixando as árvores em festa com seus açoites
Celebro a vida quando a tarde vagarosa
Se fecha em sombras, diluindo a claridade
Fazendo a noite escura desabar em nós
Num róseo-cinza de horizonte em fins de tarde
Autoria:Marlene Souza
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